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COMO VOCÊ AGE COM QUEM DISCORDA DE SUAS IDEIAS?

    Muitos indivíduos que professam a fé cristã consideram que sua interpretação das Escrituras é a correta. Por conseguinte, entendem que as demais concepções acerca do texto bíblico estão erradas. Até aí, não há problema algum. Afinal de contas, todo servo de Deus genuíno acredita que o seu Senhor não revelou muitas verdades, mas apenas “a verdade”. Logo, não é possível que todas as interpretações estejam certas. Só há um sentido verdadeiro para aquilo que Deus revelou. É claro que nem sempre conseguimos descobrir que sentido é esse. Mas o fato é que existem algumas verdades bem claras nas Escrituras, com as quais a maior parte da cristandade concorda. Essas verdades constituem a agenda mínima daquilo que chamamos de ortodoxia. Entre elas estão a Trindade, o nascimento virginal de Jesus, Sua ressurreição, a salvação somente pela graça por meio da fé, o retorno de Cristo etc.
    Contudo, quando as interpretações diferentes, as quais que se encontram no espaço não abrangido pelos fundamentos da ortodoxia cristã, se chocam, surge um problema que muitas vezes compromete a comunhão. Isso porque, alguns acabam concluindo que o discordante, simplesmente por discordar, é um herege ou um cristão de uma categoria inferior. Esse comportamento não é exclusividade de um único segmento denominacional. Indivíduos das mais variadas correntes podem assumir essa postura. Pentecostais podem tratar tradicionais como se fossem crentes de segunda categoria ou incrédulos e vice-versa. O mesmo pode ocorrer em relação aos calvinistas e os arminianos. Pois, muitas vezes, o contraditor é acusado de não ter estudado o suficiente. Isto é, há nesse embate uma ideia de superioridade intelectual. Há ainda aqueles que estabelecem uma ideia de como deve ser a prática cúltica e acusam quem não se alinha com ela de ser um falso adorador ou mesmo um adorador de Satanás.
    Por detrás dessas posturas estão corações orgulhosos, mais interessados em defender o sistema que abraçaram e, com isso, tornar conhecida sua sapiência e perfeição, do que em glorificar a Deus. A soberba faz com que essas pessoas se esforcem para humilhar e/ou denegrir a imagem seus opositores e demonstrar seu grande conhecimento e piedade. De sorte que, conquanto tenham aparência de santidade, com sua atitude negam o que tentam aparentar. Isso os alinha mais com os fariseus que com os cristãos.
    Todavia, é importante ressaltar que não estou defendendo uma espécie de relativismo evangélico, a partir do qual todos os sistemas estariam certos. Como mencionei no início, existem seitas, heresias e falsos ensinos. Entretanto, não podemos incluir nessa categoria aqueles que concordam com os fundamentos da fé cristã protestante. O debate entre representantes de diferentes segmentos é saudável e ajuda a amadurecer conceitos. No entanto, a postura pecaminosa que guia alguns que se engajam nesses debates é errada, visto que é alavancada por um sentimento de superioridade em relação ao opositor que, muitas vezes, evidencia a idolatria da intelectualidade. Porquanto, alguns só querem vencer o debate e “provar” que o outro é “menos crente” ou tem um intelecto deficiente.
       É claro que esse sentimento de superioridade nem sempre tem a ver com intelectualidade. Às vezes, está relacionado à ideia de uma espiritualidade superior. Isso é muito comum entre pentecostais. Alguns se consideram mais “espirituais” e mais “poderosos” que os chamados tradicionais. Essa perspectiva é o que motiva os adjetivos “frio”, “gelado”, geralmente atribuídos aos tradicionais por pentecostais. Com isso em mente, há quem afirme que tradicional nem crente é. Por essa razão, o cumprimento “a paz do Senhor” não é dirigido a eles.
    Tudo isso, se resume em uma palavra: pecado. Cada uma das atitudes supracitadas é resultado da altivez de espírito e, conseguintemente, não tem nada a ver com a piedade cristã. É lamentável que muitas pessoas sigam esse caminho. Porém, sempre é possível se arrepender e retroceder. Afinal de contas, um dos distintivos da fé cristã genuína é o arrependimento. Assim, se esse é o seu caso. Confesse o seu pecado a Deus e arrependa-se. Porque “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9).
    Deus te abençoe!

Pr. Cremilson Meirelles
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