FORNICAÇÃO NÃO É COISA DE CRISTÃO

Pastoral redigida para o boletim informativo da Primeira Igreja Batista em Morro Grande, Araruama-RJ 

    Se todos os que professam a fé em Cristo procurassem alinhar suas vidas com os ensinos das Escrituras, a afirmação que intitula este texto nem precisaria ser enfatizada. Afinal, é biblicamente evidente que as relações sexuais entre pessoas que não são casadas ofendem a santidade de Deus. Por isso, tal prática é enquadrada como pecaminosa. 
    Lamentavelmente, muitos dos que professam a fé cristã têm vivido como se isso não fosse pecado. Geralmente, isso ocorre quando mulheres ficam viúvas ou se divorciam de seus maridos. Algumas delas argumentam que o fato de já terem sido casadas elimina a necessidade de esperar a formalização do novo matrimônio para ter intimidade com alguém. Obviamente, esse raciocínio não se alinha com o ensino bíblico. Porquanto, a Bíblia deixa claro que o corpo da mulher pertence ao marido (1 Coríntios 7.4), e não ao namorado ou ao amante. Marido, de acordo com as Escrituras, é o homem com o qual a mulher está ligada pela lei (Romanos 7.2); de sorte que a fornicação e o adultério são delitos praticados fora dessa união legal (Hebreus 13.4).
    Definitivamente, a perda da virgindade não justifica uma vida fora dos padrões de Deus. Se a mulher deseja se unir a um homem, ela deve se casar com ele. Se não o fizer, estará numa condição pública de pecado, tal como a mulher samaritana (João 4), a qual já havia sido casada cinco vezes, mas decidira se unir a um homem sem se casar. Por conta disso, após ouvir a declaração dela de que não tinha marido, Jesus afirmou: “Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade” (João 4.17-18). Ou seja, ela estava num relacionamento que era íntimo, mas não era casamento. Era fornicação.
    É triste, porém muitos nas igrejas atuais têm vivido dessa forma; e pra piorar, acham isso normal! Há muitos jovens evangélicos solteiros, por exemplo, que são sexualmente ativos. E o mais impressionante: a maioria deles exercendo cargos na igreja! Como é possível que um verdadeiro cristão não seja condenado por sua própria consciência?!?!
    Esse cenário é uma clara indicação de que precisamos tratar desse assunto. As igrejas têm de confrontar pecados. Não dá para continuarmos assistindo essas pessoas jogando lama no vestido da noiva de Cristo. É hora de voltarmos às Escrituras e convocar o povo ao arrependimento.

Pr. Cremilson Meirelles