Ainda que muitos descrentes vejam os pastores como embusteiros, nas igrejas os fiéis os veem como líderes chamados por Deus. É bem verdade, entretanto, que alguns se aproveitam disso para exercer domínio sobre o rebanho e, consequentemente, auferir lucro. Para tanto, usam textos bíblicos descontextualizados que, associados a uma interpretação desonesta, proporcionam uma blindagem “ungida”. De modo que seus liderados são constrangidos a não questionar suas ações.
Esse cenário, no entanto, é mais comum em igrejas neopentecostais. Mas, não se engane: há muitas igrejas históricas seguindo uma linha semelhante. Satanás encontrou um jeito de inserir esse desvio até mesmo em denominações tradicionais. O meio para isso foi a introdução da ideia de que alguns pastores, em razão de sua formação acadêmica, popularidade e do grande número de membros das igrejas que pastoreiam, gozam de “imunidade teológica”. Isto é, podem falar o que bem entendem que estão previamente justificados por sua fama e conhecimento. Se alguém ousar questioná-los, deve ser encarado como invejoso, despeitado etc. Ou seja, a artimanha satânica foi dar à “blindagem ungida” uma nova roupagem. Ao invés de uma aura de unção que os protege e os coloca acima dos demais, esses pastores superpoderosos possuem uma espécie de “imunidade teológica”.
É claro que essa expressão não é utilizada nos ambientes em que essa ideia está presente. Mas, ela resume bem a forma como a fala desses super pastores é encarada. Afinal, o que eles falam está praticamente acima das Escrituras. Ainda que falem mal da Bíblia, de Jesus e da igreja, continuam sendo vistos como referenciais teológicos. Aos discordantes, por outro lado, atribui-se inferioridade intelectual e irrelevância denominacional. De maneira que, para alcançar a tão almejada “relevância”, é preciso se dobrar diante dos que possuem tal imunidade, subscrevendo cada um de seus pensamentos. Em suma, basta se prostrar e adorar (Mt 4.9).
Você consegue perceber o absurdo desse raciocínio? O indivíduo pode dizer que o homossexualismo é uma condição inalterável que todos, sem pensar, dizem amém! Ele pode dizer que dois ou três textos bíblicos são insuficientes para definir se algo é pecado ou não, e mesmo assim é aplaudido! Porém, se alguém considerado “irrelevante” dissesse as mesmas coisas antes do imunizado, com toda certeza, seria alvo das mais duras críticas, inclusive por parte dos defensores do ungidão. Dois pesos e duas medidas (Pv 20.10).
É lamentável ver esse tipo de coisa. A irracionalidade tomando conta das lideranças denominacionais! O problema sendo ocultado pelo redirecionamento consciente do foco. Acusando os conservadores de odiarem homossexuais e estarem dispostos a não recebê-los em suas igrejas! Algo impensável. Mas, o pior é argumentar que uma fala que claramente fragiliza as Escrituras com o propósito evidente de introduzir uma teologia que viabilize a “despecalização” do homossexualismo, é, na verdade, somente um incentivo para tratar bem o homossexual que entrar no templo. Ora, tratar bem todas as igrejas históricas tratam. Esse problema não existe! O único problema, para alguns, é o fato de que a prática do homossexualismo é vista como pecado. Porém, para quem crê na Bíblia como única regra de fé e prática, isso não constitui problema. Até porque, a Bíblia diz que todo ser humano é pecador. A prática do homossexualismo é apenas uma das muitas manifestações dessa condição. Portanto, ao invés de adaptar o discurso pastoral para deixar os homossexuais mais à vontade, como na igreja de um desses imunizados, temos de continuar pregando o evangelho, o qual não faz diferença entre pecadores e pecadores. “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32).
Pr. Cremilson Meirelles
Excelente texto pastor Cremilson! Os dias são maus. O que nos conforta é vermos o cumprimento das Escrituras. Que Deus tenha misericórdia das nossas vidas!!
ResponderExcluirAmém!
ExcluirExcelente texto meu amigo
ResponderExcluirObrigado.
ExcluirOs servos de Satanás estão conseguindo proeminência na denominação Batista.
ResponderExcluirPromovem a contextualização da Bíblia para em seguida promover a relativização da Palavra de Deus.
No Salmo 115 Deus diz que se tornem semelhantes aos ídolos aqueles que os idolatram...
Os ouvintes idólatras do "Ed esquisito" se transformam qual ele é.
A decadência da cbb/opbb é tão grande que não podemos dizer se há recuperação.
Aqueles que foram contrários à exclusão da igreja batista de Pinheiros poderão pedir o seu reingresso na próxima Assembleia anual da CBB!
Aonde começamos descer esse abismo?
Porque um abismo chama outros...
Deus nos abençoe e use!
Henri - esposo de Sandra - 37 anos
Triste realidade.
ExcluirMuito atual. Obrigado pastor Cremilson.
ResponderExcluirComo servos de Cristo, devemos cada vez mais buscar conhecimento bíblico para não enveredar por caminhos estranhos Longe do nosso Senhor!!
ResponderExcluirVerdade.
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