VOCÊ SABE O QUE É LIBERALISMO TEOLÓGICO?

            Na atualidade, termos como “liberal” e “fundamentalista” têm sido usados com frequência. Contudo, muitos não fazem ideia do significado dessas expressões. Um equívoco bastante comum, por exemplo, é entender que o termo “liberal” é uma referência à permissividade, ou seja, uma palavra que identifica um líder que não se preocupa com regras e limites. Porém, isso não tem relação direta com o “Liberalismo Teológico”. Até porque, este diz respeito à postura do indivíduo perante as Escrituras Sagradas.

            Ser “liberal” (no sentido teológico) é ter a razão, e não a Bíblia, como autoridade final. Por conta disso, tudo aquilo que os cristãos sempre consideraram como verdade absoluta (a divindade de Jesus, Sua ressurreição, os milagres, o nascimento virginal, etc.) é posto em dúvida pelos teólogos liberais. Isto porque, para eles, a Bíblia não é a Palavra de Deus inspirada, trata-se tão somente do registro da cosmovisão judaica. Isto é, mais um testemunho (dentre tantos outros) da relação do homem com o divino. Por essa razão, defendem que o livro utilizado pelos cristãos por cerca de dois milênios não pode ser tomado como única regra de fé e prática. Afinal, conforme gostam de ressaltar, a Bíblia está cheia de erros, contradições e acréscimos.

            De acordo com o pensamento liberal, o homem é essencialmente bom, e não pecador miserável como dizem as Sagradas Escrituras (Romanos 3.23). Portanto, a paternidade de Deus e a filiação divina são universais. Por conseguinte, os liberais não creem na existência do inferno. Porquanto, já que o homem não é pecador, não está condenado a uma eternidade de tormentos. Assim, embora Jesus tenha afirmado o contrário (João 14.6), todas as religiões são caminhos válidos para Deus. Afinal de contas, um Deus amoroso não mandaria ninguém para um lugar tão ruim quanto o inferno.

            Não obstante, o mais lamentável nisso tudo é que, conquanto o pensamento mencionado acima seja um claro absurdo, vários pastores têm abraçado seus pressupostos. Contudo, isso não é publicamente declarado. Porque, se o fizessem, o povo se escandalizaria. Por isso, ao invés de se revelarem de uma vez, inserem seus pensamentos sutilmente, corrompendo as igrejas que lideram. Um exemplo disso é reinterpretação que fazem do “ide” (Marcos 16.15). Pois, para os liberais, pregar o evangelho não se trata de anunciar uma mensagem que vise libertar as pessoas do poder do pecado e da condenação do inferno, mas sim implantar, através de ações, os valores do Reino de Deus na sociedade. Partindo desse pressuposto, dar comida aos pobres, ministrar cursos gratuitos para a comunidade, ou qualquer outro tipo de ação social, é caracterizado pelos liberais como “evangelização”. Isso claramente contraria as Escrituras! O Evangelho é uma mensagem, uma “boa notícia”, que precisa ser comunicada verbalmente, a fim de que as pessoas ouçam. Afinal, “a fé vem pelo ouvir” (Romanos 10.17), e não pelo “ver”. Não basta fazer ação social. É necessário pregar o Evangelho! Pois, “como ouvirão se não há quem pregue?” (Romanos 10.14)

            Em razão de seu posicionamento diante das Escrituras, os liberais acreditam que há textos bíblicos que não servem para hoje, ou seja, há trechos na Bíblia que não podem ser aplicados aos dias atuais, uma vez que, segundo eles, estavam limitados à situações culturais exclusivas do primeiro século. Isso os leva, inevitavelmente, a aceitar tanto o pastorado feminino como as uniões homoafetivas.

            Você percebe como o liberalismo é nocivo à fé cristã? Não dá pra ser cristão de verdade e abraçar essas ideias. É necessário tomar uma decisão: ou temos a Bíblia como única regra de fé e prática, ou a jogamos no lixo e nos tornamos liberais. O grande problema é que a segunda opção constitui uma clara rejeição a todo o ensino de Jesus. E aí, o que você vai escolher?

Pr. Cremilson Meirelles