Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
É impressionante como os conceitos mudaram! As virtudes que outrora
caracterizaram os paladinos da fé, hoje em dia, são apontadas como indício de
extremismo. Por conta disso, é imperioso que se levantem vozes dispostas a
clamar no deserto relativista que cresce a cada dia no interior da igreja
evangélica brasileira. Pois, do contrário, a degeneração espiritual continuará
até que restem apenas uns poucos profetas escondidos em cavernas.
Pensando
nisso, decidi redigir essa série de textos, a fim de criticar os perseguidores,
mas, sobretudo, para encorajar os conservadores a resistirem firmes na fé
(1Pedro 5.9). Porquanto, embora sejamos atacados diariamente, temos o aval das Escrituras,
as quais asseveram: “se padece como cristão, não se envergonhe; antes,
glorifique a Deus nesta parte” (1Pedro 4.16). Com essa certeza, seguimos em frente, destacando
os posicionamentos que fazem a “esquerda evangélica” nos chamar de extremistas.
5 – Olhar com
desconfiança as novidades
Há
muito tempo, tanto na política quanto no âmbito religioso, os conservadores vêm
sendo, erroneamente, classificados como indivíduos que não aceitam mudanças.
Esse olhar parcial, produto da desinformação e do desejo de caricaturizar o
oponente, lamentavelmente, tem influenciado muitas pessoas. De modo que grande
parte da população imagina o conservador como alguém carrancudo e preso ao
passado. O progressista, por outro lado, é visto como um cara legal, mais
humano e amável.
No
entanto, essa compreensão é resultado da miopia espiritual de alguns. Pois, o
progressista não é tão “bonzinho” assim. Seu objetivo, ao contrário do que o
termo parece sugerir, nada tem a ver com o progresso. Na verdade, a meta
progressista é demolir o edifício doutrinário erguido pela ortodoxia, a fim de
construir a partir de novos alicerces. Exatamente o que os marxistas querem:
destruir o que foi edificado por nossos predecessores, para reconstruir segundo
sua concepção de perfeição.
Ademais,
ser conservador, definitivamente, não implica resistência a todo tipo de
mudança. Até porque, um cristão conservador só resiste às mudanças que contrariam
a sã doutrina; isto é, os princípios eternos revelados na Sagrada Escritura. Em
razão disso, o cristão conservador está sempre atento, visando combater o falso
ensino, ainda que este venha de um anjo descido do céu (Gálatas 1.8). Isso tudo
por causa de sua fidelidade ao texto bíblico (2Timóteo 3.14-17).
Consequentemente,
quando surgem novidades, tais como jargões, modelos ministeriais, movimentos
paraeclesiásticos, e outros modismos, os conservadores não os aceitam de
imediato, mas os submetem ao crivo das Escrituras. Assim, tudo o que não se
alinha com o que a Bíblia ensina é rejeitado. Essa postura geralmente enfurece
os progressistas, os quais se empenham em pintar uma imagem desfigurada dos
defensores da fé, atribuindo-lhes adjetivos pejorativos.
Além
disso, os opositores da fé cristã conservadora, com o fito de enfraquecer seus
adversários, buscam, sutilmente, rebaixá-los intelectualmente; argumentando que
sua suspicácia ante as inovações decorre da falta de aprofundamento teológico e
da teimosia em discordar do que a maioria aceita. Como se a aceitação popular
tivesse autoridade doutrinária.
Destarte, após toda essa reflexão,
fica evidente que o discurso que aponta os cristãos conservadores como “cães
raivosos” desprovidos de intelecto, é no mínimo desonesto. Afinal, as
particularidades elencadas até aqui revelam que, na realidade, os cristãos
conservadores são apenas crentes fiéis às Escrituras, engajados na defesa da sã
doutrina. E foi justamente por causa do empenho de pessoas assim que o
Cristianismo chegou até nós. Portanto, ao invés de persegui-los, torne-se um
deles, e lute pela fé que uma vez nos foi dada.
Pr. Cremilson
Meirelles
COMO RECEBER O TÍTULO DE CRISTÃO EXTREMISTA – PARTE III
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