Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
Com certeza, quem é adjetivado injustamente como extremista, além de carregar
consigo convicções biblicamente fundamentadas, segue na contramão do senso
comum, discordando firmemente daquilo que a maioria considera como
“politicamente correto”. Por essa razão, como destacamos no texto anterior, os
que assumem essa postura são apontados como loucos, desequilibrados, etc.
Contudo, há ainda outros aspectos que caracterizam esses indivíduos. Nas linhas
abaixo elencaremos alguns deles.
3 – Não se alinhar com o “relativismo
cristão”
Decerto, a maioria das pessoas quer estar
alinhada com aquilo que a "opinião pública" considera nobre, correto.
Porém, conquanto muitos não percebam, há uma lógica hedonista nesse pensamento.
Até porque, fazer o que é politicamente correto proporciona uma relação
harmoniosa com os defensores daquilo que se tornou senso comum. Isto é, seguir
à risca o comportamento padronizado pela sociedade é vantajoso. Por isso, não
poucos têm cedido aos ditames do relativismo cultural que nos cerca. O mais
triste nisso tudo é a presença desse pensamento nos púlpitos evangélicos. Pois,
aqueles que deveriam alimentar as ovelhas com a Santa Palavra de Deus, e
defender os conceitos absolutos por ela apresentados, têm substituído a exposição
bíblica pela relativização de tudo. De modo que nada mais é proibido; tudo é
legitimado pela cultura. Não se pode mais apontar nenhum pensamento como
herético. Ao contrário, aquilo que dantes era heresia, agora é apenas um olhar
diferente sobre questões de fé. Até mesmo a salvação, na perspectiva deles, não
é outorgada somente àqueles que depositam sua fé em Jesus, mas a todas as
pessoas.
Os defensores dessa linha pregam, na verdade,
uma incerteza em relação a tudo. Inclusive, no que diz respeito à interpretação
das Escrituras. Porquanto, conforme advogam, ninguém pode saber exatamente o
que a Bíblia diz. Só Deus, se resolvesse descer e vir até nós a fim de
explicar-nos, poderia elucidar seu real significado. Por conta disso, entendem
que toda compreensão teológica, por mais absurda que seja, não pode ser
considerada errada. Evidentemente, ao afirmar isso, contrariam o ensino
neotestamentário, o qual contém uma série de advertências relativas ao falso
ensino.
Por essas e outras razões, os cristãos
conservadores discordam desse raciocínio. Afinal, sabem que as Escrituras
Sagradas estão cheias de verdades claramente absolutas. A exclusividade de
Cristo como mediador entre Deus e os homens é uma delas (1Timóteo 2.5). Além
disso, aqueles que recebem a alcunha de extremistas, ao contrário de seus
algozes, não descartam a doutrina bíblica da iluminação. Logo, não subscrevem a
ideia de que ninguém pode saber o que a Bíblia diz. Porquanto, se assim fosse,
nem mesmo poderíamos ter certeza de que Deus existe!
4 – Combater o marxismo evangélico
Este, sem sombra de dúvida, é o aspecto da fé conservadora que mais conduz
indivíduos ao “coliseu progressista”. Basta alguém se posicionar contra
qualquer elemento dessa ideologia nefasta, que os verdugos do socialismo partem
para o ataque. É impressionante como nessas ocasiões o relativismo desaparece,
e o marxismo se mostra absoluto. Qualquer um que diga que a atividade fim da
igreja não é a realização de obras sociais é tachado de desumano, insensível,
anticristão.
Apesar disso, muitos cristãos se mantêm firmes, batalhando pela fé que uma vez
lhes foi dada (Judas 1.3). Estes, com ousadia, denunciam o caráter antibíblico
e ateísta do marxismo, sendo, portanto, contra as bandeiras levantadas pelos
esquerdistas, quais sejam: a legalização do aborto, o desarmamento, o
favorecimento de minorias em detrimento da maioria da sociedade, a
homossexualização das crianças e adolescentes, entre outras aberrações
defendidas, até mesmo por pastores. Como resultado dessa postura, são chamados
de radicais, extremistas, xiitas, etc.
Continua...
Pr. Cremilson Meirelles
COMO RECEBER O TÍTULO DE CRISTÃO EXTREMISTA – PARTE II
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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