Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
Expressões como “extremista”, “radical”, “xiita”, “fundamentalista”, são os
adjetivos preferidos por quem deseja marginalizar os cristãos conservadores. O
mais estranho nisso, é que, aqueles que atribuem tais alcunhas aos outros,
simplesmente porque pensam diferente, geralmente defendem uma teologia mais
aberta, que inclui a aceitação de pensamentos que destoam da ortodoxia cristã.
Ora, se suas mentes são tão abertas assim, em relação à aceitação do
contraditório, por que referem-se aos discordantes de forma depreciativa? Não
seria esse comportamento incoerente com o discurso? Isso, só quem procede assim
pode responder. Não obstante, é importante entender o que essas pessoas têm em
mente quando atribuem a alguém os adjetivos listados acima. Por isso, decidi
elencar nesse texto, atitudes e posturas que podem lhe conferir o título de
“extremista”.
1 – Ter convicções bíblicas:
Algo que, sem dúvida alguma, provoca ojeriza nos inimigos dos conservadores
cristãos, é a convicção baseada nas Sagradas Escrituras. Isso porque, a maioria
deles, têm uma compreensão diferente acerca da inspiração e inerrância da
Bíblia. Ou seja, embora alguns neguem, predomina entre os críticos da fé
conservadora o entendimento de que a maioria dos textos bíblicos têm sua
aplicação limitada ao período em que foram escritos. Por essa razão, se alguém
na atualidade desejar conduzir sua vida de acordo com o ensino das Escrituras,
será imediatamente tachado como “extremista”, “fundamentalista”, “xiita”, etc.
Além disso, quem ofende os outros com tais palavras, normalmente, enxerga tudo
a partir da ótica relativista. Por conseguinte, ataca todo aquele que manifesta
qualquer tipo de convicção. Porquanto, argumentam que as convicções resultam da
presunção. Sendo assim, à luz desse raciocínio, só as convicções relativistas é
que prestam; as demais são manifestações do extremismo religioso. Por conta
disso, qualquer um que demonstre firmeza em seu posicionamento no que tange à
interpretação e aplicação do texto bíblico, é caricaturizado como um “cão
raivoso”.
O curioso, no entanto, é que, escrevendo aos tessalonicenses, Paulo afirma que
o evangelho chegou a eles “no Espírito Santo e em plena convicção” (1Ts
1.5). O mesmo termo grego traduzido como “convicção”, na carta à igreja de
Tessalônica, aparece em Colossenses 2.2 como uma virtude necessária para
compreender plenamente o mistério de Deus. Da mesma forma, em Hebreus 6.11, o
termo reaparece como algo benéfico, que deve caracterizar a caminhada cristã.
Como poderíamos, portanto, ver a convicção como algo errado ou antibíblico, uma
vez que a própria Bíblia a apresenta como boa? Só mesmo um coração
mal-intencionado para propagar tal pensamento.
2 – Discordar do politicamente correto
Este, certamente, é um grave pecado aos olhos dos que infamam os cristãos
conservadores. Afinal, para eles, mais importante do que uma crença ortodoxa é
uma vida de ação social e a aceitação indiscriminada de toda e qualquer
doutrina aprovada pela maioria. Até porque, a maioria costuma aprovar aquilo
que é praticado ou defendido pelos pastores que estão em evidência no cenário
evangélico; seja em razão do tamanho de sua igreja ou de sua presença na mídia.
De modo que, as declarações desses líderes são vistas como chanceladas por
Deus.
Um exemplo desse absurdo é o pastorado feminino. Quem discorda desse
malabarismo teológico acaba sendo crucificado por aqueles que torturaram as
Escrituras até que pudessem produzir essa heresia. Porquanto, o pastorado feminino
atende aos anseios do movimento feminista e às necessidades monetárias de quem
consagra a própria esposa.
Continua...
Pr. Cremilson Meirelles
COMO RECEBER O TÍTULO DE CRISTÃO EXTREMISTA – PARTE I
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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Como diz aqui no nordeste: "Caba macho!" Muito interessante e verdadeira a sua percepção. Parabéns pelo texto. Aguardo a continuação.
ResponderExcluirObrigado. Em breve postarei a sequência.
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