Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
Embora o natal tenha sido invadido por
figuras extrabíblicas, como o papai noel e seus duendes, sua razão de ser é a
celebração da encarnação do verbo eterno, ou seja, o nascimento de Jesus. Logo,
não há razão para duvidar de que se trata de uma festa cristã. Afinal de
contas, quem mais celebraria a vinda do Filho de Deus, senão os cristãos?
Contudo, nem todos concordam com essa
conclusão. Há pessoas que entendem que o natal é, na verdade, uma festa pagã disfarçada
de cristã. Isso porque, conforme afirmam os defensores desse pensamento, os
elementos constituintes da festa (árvore de natal, troca de presentes, ceia,
etc) são oriundos de antigas celebrações pagãs. Nesse ponto, não podemos
discordar. Realmente, no passado, esses elementos pertenceram ao paganismo;
mas, hoje não pertencem mais. Eles foram completamente despidos de seus
significados e propósitos pagãos. Ninguém mais os utiliza com o objetivo de
honrar outras divindades.
Não obstante, os inimigos do natal se mantêm
firmes em sua postura, argumentando que, mesmo não sendo empregados com
propósitos pagãos, os elementos permanecem ligados aos demônios do paganismo.
Sendo assim, quem os usar estará automaticamente fazendo um pacto com essas
entidades, e atraindo, assim, maldições para sua vida.
O grande problema com essa conclusão é a
completa ausência de fundamentação bíblica. Porquanto, a Bíblia não ensina esse
tipo de “pacto involuntário”. Isso é coisa de hollywood! O curioso, entretanto,
é que essa coisa de “pacto involuntário” só vale para o mal, e nunca para o
bem. Se alguém que odeia Jesus, por exemplo, tiver uma Bíblia em sua casa, não
há um crente sequer que diga que, por causa daquele exemplar da Sagrada
Escritura, o indivíduo, mesmo odiando a Deus, tem um pacto com o Todo-poderoso.
Você percebe o absurdo desse pensamento? Mas, por mais incrível que pareça, os
mesmos que defendem essa heresia condenam o natal.
Todavia, nem todos os algozes do natal
fundamentam suas críticas em um terreno tão arenoso. Alguns se baseiam na
incerteza em relação ao dia em que Jesus nasceu. Pois, dizem que não se pode
celebrar o aniversário de alguém no dia errado. Porém, essas mesmas pessoas,
quando o aniversário de 15 anos da filha cai numa quarta-feira, transferem a
festa para o sábado. O mesmo ocorre em relação à páscoa: todo ano muda de data
e ninguém vê problema nenhum nisso. Parece que a regra de só celebrar no dia
exato só vale para o nascimento de Jesus.
É claro, entretanto, que não consideramos
imprescindível a observância de todas as tradições natalinas. Afinal, embora
não firam nenhum princípio bíblico (à exceção do papai noel, que claramente é
uma afronta ao Pai celestial), não foram biblicamente ordenadas. No entanto,
não há problema algum em praticá-las; desde que não se tornem substitutos do
real motivo da celebração, a saber, a encarnação do Todo-poderoso.
Feliz natal! Deus o abençoe!
Pr. Cremilson
Meirelles
SOBRE ESSE ASSUNTO, RECOMENDO TAMBÉM OS ARTIGOS ABAIXO:
O NATAL É UMA FESTA CRISTÃ?
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
on
20:07
Rating:
Pacto involuntário é coisa de filme - Concordo contigo Pr.
ResponderExcluirExcelente texto.
Verdade... só no cinema mesmo.
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