Saiba Mais...

É CERTO DAR DINHEIRO PARA A IGREJA? – PARTE VIII

Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa


            Doar é algo que faz parte da vida. Estamos sempre doando alguma coisa. Afinal, doação é a entrega voluntária de algo que se possui. Portanto, quando dedicamos minutos ou horas a um amigo, a fim de ouvir seus problemas, por exemplo, estamos doando tempo. De igual modo, ao ajudarmos alguém a empurrar um carro ou transportar algo pesado, estamos doando força. No entanto, o altruísmo humano costuma ir além da doação de tempo e força. Muitos doam roupas, comida, sangue, órgãos, constroem casas para os sem-teto, trabalham voluntariamente em hospitais, igrejas e projetos sociais. Tudo isso, espontaneamente. O mesmo ocorre em relação à doação de dinheiro. Sempre há alguém atendendo aos apelos dos pedintes que os cercam nas ruas e nos semáforos, participando de campanhas promovidas por entidades filantrópicas, ou mesmo doando dinheiro para uma igreja.
            Em que pese o altruísmo cotidiano, o prazer da doação geralmente desaparece instantaneamente no momento em que constatamos que fomos enganados. Isso acontece, por exemplo, quando verificamos que o dinheiro doado a um pedinte que afirmara estar com fome foi empregado na aquisição de entorpecentes; o que acontece com frequência. A mesma desilusão invade o coração do fiel que, depositando sua confiança em seu líder religioso, contribui financeiramente para a igreja na qual congrega, mas descobre ilicitudes na administração dos recursos.
            A despeito do desassossego que acomete o indivíduo que enfrenta tal situação, assim como acontece no caso do engano perpetrado por alguns pedintes, a pessoa que foi alvo de uma falcatrua eclesiástica não deve, por conta disso, abster-se das doações. Até porque, do mesmo jeito que existem falsos necessitados, há falsos pastores. Isso é claramente atestado pelas Escrituras: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2Pedro 2.1-3).
            Ora, quando somos surpreendidos com a informação de que o pedinte a quem ajudamos usou o dinheiro para financiar seus vícios, ainda que nos entristeçamos, não deixamos de ajudar outras pessoas. O que fazemos é tomar precauções para que o incidente não se repita. O mesmo deve ser feito quando a decepção estiver relacionada às doações feitas à igreja local. Isto é, deve-se procurar uma comunidade de fé na qual haja transparência no emprego dos recursos, filiar-se a ela, e destinar-lhe suas doações; uma vez que, tal como o necessitado depende da benevolência alheia, a igreja local sobrevive das doações de seus membros. Por essa razão, ainda que não houvesse orientação alguma nas Escrituras a respeito da entrega voluntária de dinheiro para a comunidade local de regenerados, mesmo assim eu contribuiria. E o faria mensalmente. Porquanto, a igreja não tem necessidades somente quando eu acho que ela tem. Suas necessidades são mensais. Pois, todos os meses pagam-se as contas referentes ao uso e à manutenção de sua sede (o templo); todos os meses há a necessidade do sustento missionário e pastoral; todos os meses há enfermos precisando de medicamentos; todos os meses há a necessidade de doação de Bíblias e material evangelístico; e, por fim, mas não menos importante, todos os meses há a necessidade de investimento no ensino da Palavra de Deus. Logo, não contribuir é negligenciar essa realidade.
Continua...
Pr. Cremilson Meirelles


É CERTO DAR DINHEIRO PARA A IGREJA? – PARTE VIII É CERTO DAR DINHEIRO PARA A IGREJA? – PARTE VIII Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles on 17:54 Rating: 5

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.