Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
Embora reconheçamos que as mães devem
ser lembradas e honradas todos os dias, é importante separarmos um momento
específico para homenageá-las. Até porque, ao destacar a maternidade como uma
bênção, uma dádiva divina, na verdade, estamos glorificando ao Todo-poderoso, o
concessor desse presente. Afinal, tanto a maternidade quanto a paternidade são
expressões evidentes da vontade do Senhor, apontadas desde a criação. Pois,
após criar o primeiro casal, “Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra...” (Gênesis 1.28a); isto é, Ele não os criou
apenas macho e fêmea, mas os fez pai e mãe. E depois disso tudo, “viu Deus tudo
quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1.31a).
Lamentavelmente, na atualidade, muitas
mulheres têm abdicado essa bênção. Isso porque, consideram os filhos um
impedimento para ascensão profissional. Contudo, acima de nossos anseios está a
vontade de Deus. Seguindo esse raciocínio, creio que ter filhos não é uma
opção, é um mandamento. Não há um trecho sequer das Sagradas Escrituras que
afirme que a ordem divina de multiplicação prescreveu. Por mais que a Terra já
esteja povoada, a Palavra de Deus permanece: “multiplicai-vos”. A única
situação que torna essa ordem inaplicável é o celibato. Todavia, o próprio
Jesus asseverou que isso é para poucos (Mateus 19.10-12).
Não obstante, ser mãe é muito mais que
gerar filhos. A mãe de verdade deve amar seu filho: “as mulheres idosas,
semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não
caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem, para que ensinem as mulheres novas a serem
prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos” (Tito 2.3,4). Amar
é mais do que comprar presentes e dar boa educação. Amar é entregar-se, é
dedicar-se ao outro, mas, acima de tudo, é apresentar o caminho do Senhor. Quem
ama de verdade, apresenta Cristo aos seus filhos. Assim procederam a mãe e a
avó do jovem pastor Timóteo (2Timóteo 1.5; 3.14,15), as quais, ainda que o pai
do jovem não fosse cristão (Atos 16.1), não hesitaram em ensinar-lhe as
Sagradas Letras.
Ademais,
a mãe de verdade procurará ser exemplo de retidão e compromisso com o Senhor. Pois,
só assim, a instrução dada por ela (Provérbios 1.8) será relevante para seu
filho; de maneira, que até mesmo com a chegada da maioridade, os filhos darão
ouvidos aos seus conselhos (Provérbios 31.1-9). Foi exatamente isso que Paulo
percebeu em Lóide e Eunice: uma fé não fingida. Esse é um dos maiores presentes
que uma mãe pode dar a seu filho: exemplo.
O
mais bonito nisso tudo, é que apresentar o Salvador e os princípios do Reino de
Deus às crianças, por meio do ensino e do testemunho, é um presente, não só
para os filhos, mas, sobretudo para as mães; visto que, com o avançar dos anos,
aquelas que assim procederam, têm a alegria de contemplar o resultado de sua
semeadura: filhos que servem ao Senhor e dão bom testemunho de sua fé.
Jesus,
o único que pode escolher quem seria sua mãe, decidiu nascer do ventre de uma
mulher piedosa e temente a Deus, que se enquadrava no padrão apresentado pelas
Escrituras. É claro que a escolha divina não foi mérito de Maria. No entanto, o
perfil da mulher que deu à luz ao Cristo, reforça a ideia de que a verdadeira
maternidade vai muito além do parto, e deve ser praticada diariamente.
Portanto, não apenas gere um filho, mas ame-o, ensine-o, e dê exemplo.
Parabéns
mamães! Que Deus as abençoe!
Pr. Cremilson
Meirelles
A BÊNÇÃO DA MATERNIDADE
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
on
17:44
Rating:
Nenhum comentário: