Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
Certamente, essa é uma pergunta feita por
muitos que, tendo frequentado igrejas pentecostais, visitam uma igreja batista
tradicional. O interessante é que, a partir desse questionamento surgem algumas
teses que não se justificam. Uns afirmam que os tradicionais, arbitrariamente,
proíbem os membros de falar línguas; outros dizem que as igrejas onde não se
pratica o “falar em línguas” escondem os textos bíblicos que falam sobre o uso
desse dom.
Ora, é óbvio que essas teorias são
infundadas. Afinal, não proibimos ninguém, só ensinamos o que dizem as
Escrituras. Não omitimos texto algum. Ao contrário, os abordamos a fim de
fundamentar nosso posicionamento. Por conta disso, com a intenção de esclarecer
o assunto, estaremos, a partir desta pastoral, analisando os textos que tratam
dessa questão.
O primeiro deles é Atos 2, o qual relata
um dos acontecimentos mais marcantes na história da igreja: a descida do
Espírito Santo. Veja bem, o evento chamado pentecostes não é o foco da
narrativa, é apenas uma referência temporal usada pelo escritor, ou seja, ele
só diz que o fenômeno aconteceu no dia de pentecostes. Só isso. Nada no texto
indica que a festa judaica do pentecostes deva receber atenção especial ou que
a ela deva ser atribuída maior importância.
Quando seguimos em frente na leitura de
Atos 2, encontramos algo curioso nos versículos 2 e 3: o autor declara que,
naquela ocasião, não houve vento e, muito menos, fogo; na verdade, é dito que,
enquanto todos estavam reunidos numa casa, ouviram “UM SOM, como de um vento
veemente e impetuoso”. Isto é, não ventou, ouviu-se apenas um som semelhante ao
ruído de um vento forte. Além disso, o texto diz que os discípulos viram
“línguas repartidas, COMO QUE DE FOGO”, não línguas de fogo. Mas, por que “como
que de fogo”? Porque eles viram algo que parecia fogo, mas não era fogo.
Pr.
Cremilson Meirelles
POR QUE NÃO FALAMOS LÍNGUAS ESTRANHAS? PARTE I
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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00:46
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