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DEVEMOS CONTRIBUIR PARA MISSÕES?


 Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
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            Proclamar o evangelho é a missão de cada crente em Jesus Cristo. Recusar fazê-lo é o mesmo que desobedecer ao Senhor. Afinal de contas, foi o próprio Filho de Deus quem deu a ordem. Portanto, é nosso dever cumprir o Seu mandado. Com essa convicção, muitas igrejas locais se empenham em comunicar as Boas Novas aos moradores da região em que estão sediadas. Contudo, sabemos que nossas aspirações evangelísticas devem ser bem maiores. Isto é, não podemos limitar a proclamação geograficamente. Até porque, se o fizéssemos, estaríamos restringindo a abrangência da missão.
Compreendendo essa realidade, desde os primórdios do cristianismo, as igrejas designam certos crentes para pregar o evangelho noutros lugares. Um exemplo disso é o envio de Paulo e Barnabé ao campo missionário (Atos 13.1-4). O que chama a atenção nesse relato, entretanto, é o fato de que a iniciativa foi do Espírito Santo, e não da igreja. Ele os chamou (Atos 13.2), enviou (Atos 13.4), capacitou (Atos 13.9) e os manteve capacitados (Atos 13.52). Isso revela que é da vontade de Deus que procedamos dessa forma. Ou seja, a igreja local deve se comprometer com o envio e o sustento de missionários. Este era o compromisso, por exemplo, dos cristãos macedônios, os quais se preocuparam em suprir as necessidades de Paulo (2Coríntios 11.9).
            Todavia, há uma questão que inquieta muitos cristãos sinceros: é necessário que as igrejas se unam num esforço conjunto para o cumprimento da missão, ou o envio de missionários, bem como o seu sustento, deve ser feito exclusivamente pela igreja local? Embora a maioria dos cristãos concorde com a primeira alternativa, existem servos de Deus que compreendem que uma associação de igrejas locais para o envio e sustento de missionários contraria o ensino bíblico. Porquanto, de acordo com eles, deveríamos agir tal como a igreja de Antioquia, a qual não se associou a nenhuma outra para alcançar seu objetivo. Seguindo esse raciocínio, a existência de uma junta de missões seria um grande absurdo.
            Não obstante, é preciso levar em conta que as igrejas locais primitivas eram, naturalmente, uma grande associação de igrejas. O distanciamento geográfico não as desvinculava. Até porque, a compreensão dos cristãos primitivos era que as congregações locais eram, na verdade, manifestações físicas e geográficas da “igreja de Deus” (1Coríntios 1.2). Não havia separação! Não existiam denominações! Logo, não havia limites jurisdicionais relativos ao trabalho missionário. Tanto, que conquanto Paulo tenha sido enviado pela igreja de Antioquia, os cristãos macedônios não viram nenhum problema em prover-lhe o sustento. De igual modo, quando os crentes de Jerusalém enfrentaram um período de pobreza, o apóstolo Paulo solicitou ajuda dos coríntios (1Coríntios 16.1-3).
            Visto isso, concluímos que a mobilização de várias igrejas para a ação missionária tem amparo bíblico. Além disso, pela lógica, é muito mais fácil alcançarmos nossos objetivos com um esforço conjunto do que sozinhos. Outrossim, é importante salientar que, o fato de ser realizado a partir da ação de muitas igrejas não faz com que o trabalho missionário deixe de ser uma atividade da igreja local. Haja vista que, quando contribuímos para missões, temos a certeza de que os missionários serão enviados e sustentados também pela nossa igreja. Portanto, contribua! Dê o seu melhor para missões! Cumpra, como igreja, o seu papel de enviar e sustentar! Que Deus nos abençoe!

Pr. Cremilson Meirelles

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