Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
Já parou para pensar nisso? Será que
Deus compareceu ao último culto que você prestou? Como ter certeza? É possível
medir a intensidade dessa presença? Há algum “espiritômetro” para verificar se
o Espírito Santo está conduzindo as atividades? Como determinar essas coisas?
Quais os indícios da presença de Deus? Seriam os arrepios? Os tremeliques? Os
pulos? Os gritos? É claro que não! Nenhuma dessas perguntas faz sentido! Na
verdade, questionamentos como esses só existem, porque há quem pense que se os
crentes se ajuntarem ordeiramente, de modo que ninguém pule, grite ou tenha
tremeliques, o culto prestado não contará com a presença do Senhor. Mas, com
base em quê pode-se afirmar tal coisa? Afinal de contas, não há nada na Bíblia
que fundamente esse raciocínio. De onde veio isso, então? É o que veremos a
seguir.
Ideias como as listadas acima,
nasceram a partir da supervalorização das sensações em detrimento das Escrituras,
o que geralmente acontece nos grupos pentecostais e neopentecostais, onde o
fator determinante para saber se Deus está presente é “sentir a presença de
Deus”. O grande problema, entretanto, é que o “sentir” não pode ser definido,
nem detalhado. Isto é, não tem como saber se o que estou “sentindo” é o mesmo
que os outros sentem. Aliás, nem tem como ter certeza se o que os outros sentem
é realmente a sensação que indica a presença do Todo-poderoso. Logo, tomar a
experiência como referencial para isso é o mesmo que não ter referencial algum.
Todavia, permanece uma dúvida: como
saber se Deus está presente no culto? A resposta para essa indagação só pode
ser encontrada nas Sagradas Escrituras. Senão vejamos: o Senhor Jesus deixou
bem claro que sempre estará presente onde estiverem dois ou três reunidos em
Seu nome (Mateus 18.20). Portanto, se você for a um templo no qual estejam
reunidos crentes em Jesus Cristo, com intuito de adorá-lo, ainda que não haja
aparelhagem de som, gritaria, pulos, ou qualquer outra manifestação de cunho
pentecostal, tenha certeza: Ele estará presente. Foi o próprio Jesus quem
afirmou isso.
Além disso, levando em conta o fato de
que todos os convertidos são templo do Espírito Santo (“se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele” – Romanos 8.9), não há como Deus não
comparecer a um culto prestado por seus servos. Outrossim, não podemos descartar a
última frase do Filho de Deus no Evangelho de Mateus: “[...] eis que eu estou
convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28.20). Ora, se
Ele está conosco todos os dias, como pode haver um momento em que Ele não se
faça presente entre nós? Até mesmo durante as perseguições, quando o que
sentimos não é nada agradável, Jesus diz que o Espírito Santo está conosco: “Quando,
pois, vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão
pelo que haveis de dizer; mas o que vos for dado naquela hora, isso falai;
porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo” (Marcos 13.11).
Definitivamente, a presença de Deus
no culto não depende do que sentimos, mas sim de Sua graça. Até porque, nunca
mereceremos o privilégio de nos relacionarmos com Ele. Os exemplos do Antigo
Testamento, mencionados com frequência por quem defende o contrário são
inaplicáveis, haja vista que os relatos que tratam do afastamento do Espírito
de Deus por ocasião de algum delito humano referem-se a eventos anteriores ao
cumprimento da profecia de Joel 2.28,29, que ocorreu em Atos 2. Desde então, o
Espírito Santo não se retira mais. Afinal, Ele é “é o penhor da nossa herança,
para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória” (Efésios
1.13,14); ou seja, é Ele quem garante a nossa herança.
Pr. Cremilson
Meirelles
COMO SABER SE DEUS ESTÁ PRESENTE NO CULTO?
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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