Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira
Igreja Batista em Manoel Corrêa
Conquanto
nem todos admitam, há quem permaneça filiado a uma igreja local por causa da tradição
familiar. Isto é, como a família sempre participou ativamente das programações
de sua comunidade de fé, o indivíduo mantém essa prática, a fim de não
decepcionar sua parentela. De igual modo, algumas dessas famílias fazem questão
que, mesmo sem serem convertidos, seus descendentes permaneçam filiados à
igreja e, inclusive, exerçam funções. Afinal de contas, conforme pensam alguns,
“é melhor que eles sejam não convertidos na igreja do que fora dela”. Por isso,
às vezes, vemos pessoas lutando para que pecadores inveterados, não
regenerados, sejam mantidos no rol de membros e nos cargos que ocupam.
Por
outro lado, há pessoas com motivações um pouco mais nobres, mas igualmente
distantes do ideal bíblico. Refiro-me àqueles que, embora não tenham tanto prazer
nas atividades de sua congregação, continuam frequentando, pois entendem que
isto é necessário para garantir sua ida para o céu. Por essa razão, ainda que
faltem a várias programações, nunca abandonam completamente sua congregação.
Seguindo
essa linha, porém com interesses mais “mundanos”, alguns se mantêm assíduos com
o objetivo de receber de Deus bênçãos materiais e ser protegido por Ele. Estes,
normalmente, encaram os cultos como ritos que lhes proporcionarão o que
almejam. A pregação e os demais elementos do culto são apenas detalhes, o mais
importante é a bênção.
Além
disso, há também aqueles que são motivados pelos eventos e programas promovidos
pela igreja. Suas maiores preocupações são: se haverá alguém famoso presente,
se ocorrerá algo diferente ou fenomenal, se haverá bastante entretenimento
(teatro, comédia, danças, etc), e se muitas pessoas irão. Oração e estudo da
Palavra, geralmente não os atraem. Por conseguinte, quando os eventos cessam,
seus seguidores desaparecem.
Não
obstante, creio sinceramente que existem cristãos genuínos, que amam a Deus e
Sua Palavra. Para estes, nada é mais importante do que servir ao Senhor. Por
conta disso, têm prazer em evangelizar e se reunir com seus irmãos. Mesmo
assim, não são perfeitos. Na verdade, estão num processo de aperfeiçoamento
(Filipenses 1.6), chamado santificação (Hebreus 12.14). Por isso, ao longo da
caminhada, é certo que falharão algumas vezes, mas nunca abandonarão seu
Salvador, porque “ninguém pode arrebatá-las das mãos do Pai” (João 10.29).
Assim, com eventos ou sem eventos, com a família ou sem a família, com bonança
ou tribulação, eles seguem em frente, com os olhos fitos no Senhor Jesus, o
autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.2).
Pr. Cremilson Meirelles
O QUE TE MANTÉM NA IGREJA? - PARTE II
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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