Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
A expressão “menino Jesus” é muito comum
nesta época do ano. Isto porque, a festa conhecida como “natal”, embora tenha
sido invadida por elementos estranhos (Papai Noel, árvore, pisca-pisca,
presentes, etc), visa à celebração do nascimento de Cristo. Acerca disso, é
importante salientar que não há problema algum na expressão em si, visto que é
mencionada no texto bíblico (Lucas 2.27).
Contudo, se pensarmos bem, concluiremos
uma verdade tão óbvia que, na maioria das vezes, passa despercebida, a saber: o
natal não celebra apenas o nascimento de Jesus, mas, sobretudo, sua obra
redentora. Porquanto, em Cristo, o Todo-poderoso se fez carne com o propósito
de redimir a humanidade perdida, por meio de sua morte vicária na cruz do
Calvário. Isto foi apontado por um anjo por ocasião do nascimento do Filho de
Deus: “[...] vos nasceu hoje o Salvador [...]” (Lucas 2.11). Ele “veio buscar e
salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). “Ele foi ferido pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre Ele” (Isaías 53.5). Não dá para negligenciar isso! Focar a
manjedoura e esquecer a cruz é um erro crasso.
A verdade pura e simples é que Jesus
nasceu para morrer. Sendo assim, no natal, a mensagem não sofre alterações,
continuamos pregando Jesus Cristo, e este crucificado (1Coríntios 2.2). Afinal
de contas, se Ele não nascesse não poderia morrer, se não morresse não poderia
ressuscitar. Isto é, toda a obra redentora está vinculada, não há como falar do
nascimento sem falar de seu objetivo final.
Aparentemente, Simeão foi o único que,
ao ver o menino Jesus, compreendeu a dimensão do que Deus faria através d’Ele,
pois afirmou: “Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para
levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição” (Lucas 2.34).
Em resumo, a declaração de Simeão deixa claro que Jesus seria um grande
divisor; de modo que uns o rejeitariam e outros o aceitariam.
Enfim, o natal deve ser, mais que uma
festa de comilança e bebedeiras, um momento de reflexão, proclamação e
celebração ao Todo-poderoso. Não permita que as tradições ofusquem isso. Reúna
sua família, ore a Deus, leia as Escrituras, anuncie a mensagem da cruz,
destaque o amor divino por nós, e louve o Rei dos reis por suas obras. Deus o
abençoe! Feliz natal!
Pr.
Cremilson Meirelles
MANJEDOURA OU CRUZ?
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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20:32
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