Com grande facilidade reconhecemos os erros e defeitos dos outros. Acredito, inclusive, que se agora nos pedissem para citar pelo menos um erro da pessoa que está mais próxima de nós, com rapidez apontaríamos até mais de um. Até porque, na maioria das vezes, são características que nos incomodam. Contudo, se fosse solicitado que enumerássemos nossas falhas, redundantemente, falharíamos em reconhecê-las. Isto acontece por causa da maneira como enxergamos o mundo ao nosso redor. Cada um de nós vê o mundo como se fosse seu, como se tudo girasse em torno de si mesmo. Por isso, o que o outro faz diferente do que nós fazemos ou como achamos que deveria ser feito, nos incomoda. Por conseguinte, tendemos a assumir o papel de juízes, condenando toda e qualquer atitude que foge àquilo que consideramos certo.
A esse respeito, a Bíblia, por ser o manual do ser humano, nos exorta a não falarmos mal uns dos outros (Tg 4.11), pois quando o fazemos estamos condenando-os como se fôssemos o Senhor. É sobre esse juízo condenatório que Jesus fala em Mt 7.1: “não julgueis, para que não sejais julgados”. Isto não significa, entretanto, que não podemos dar orientações àqueles que trilham caminhos tortuosos, nem que não temos de nos posicionar frente aos erros doutrinários e à impiedade de nossa sociedade. O problema é que muitos só julgam, julgam sem tentar fazer nada para ajudar. Ao contrário, só contribuem para piorar a situação com essa atitude. Aliás, é necessário que compreendamos que todos nós temos defeitos, erros, pecados. Não podemos assumir o papel de juízes quando, na verdade, somos os réus. O único juiz é Deus. Só Ele pode julgar com justiça, pois é justo. Portanto, é na Sua Palavra que devemos buscar orientação e não em nossas achologias.
Precisamos refletir: será que temos submetido tudo o que fazemos ou pensamos ao crivo das Escrituras? Se a resposta é não, está na hora de mudar. A Bíblia nos convida a uma mudança constante, que diz respeito aos hábitos, pensamentos, atitudes, os quais, em grande parte, estão relacionados ao outro. Assim, ao invés de julgarmos os outros, é necessário analisarmos: o que temos feito tem prejudicado o próximo? Não adianta culpar os outros, precisamos mudar a maneira como os tratamos e os enxergamos. Veja o outro, não como seu adversário, mas como seu equivalente, alguém que, assim como você, precisa de amor, compreensão e ajuda. Larguemos as pedras e sigamos Jesus.
Pr. Cremilson Meirelles
EVITANDO CONFLITOS
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