“Mas todas as coisas provêm de Deus, que
nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da
reconciliação” (2Co 5.18).
Algo que me inquieta quando olho
para a igreja visível, ou seja, para o grupo de pessoas que professam a fé em
Cristo, é o excesso de teoria e a escassez de prática. Versículos como o que
citamos acima, são recitados, expostos e comentados, mas o “ministério da
reconciliação” nem sempre é exercido. O que vemos é justamente o contrário:
pessoas que deveriam amar, odiando o próximo, competindo por melhores posições
na estrutura eclesiástica, desprezando o outro, amando mais a si mesmo do
que qualquer pessoa. É triste, mas muitos dos que estão arrolados em nossos róis de
membros, ao enfrentarem conflitos, preferem evitar o contato com seus “desafetos”
do que buscar a reconciliação. Assim, vemos no interior do templo, um lugar
dedicado à adoração, atitudes que contrariam seu propósito, pois indivíduos que
se autodenominam adoradores sentam em lados opostos, porque não querem
relacionamento com uma determinada pessoa.
Cristo nos concita a sermos
pacificadores (Mt 5.9), porém muitos não estão preocupados com a promoção da
paz. Porquanto, diante dos conflitos, a maioria prefere fugir. Um exemplo claro
disso é o frequente abandono da igreja local por causa de problemas com algum
membro ou com a liderança. Ao invés de tentar resolver a questão, a maioria opta
por trocar de igreja. Isso acontece muito por ocasião da aplicação da
disciplina, visto que nem todos estão dispostos a se submeter à correção de seu
líder. Por isso, quando este disciplina o indivíduo, muitas vezes, o que ocorre
é a troca de igreja ou o afastamento. Isto porque, embora muitos sigam a
etiqueta evangélica e chamem seu líder de pastor, no fim, não querem ser
pastoreados de verdade. O que querem é exercer atividades ao longo das
programações da igreja, fazendo coisas que desagradam a Deus, mas sem sofrer
nenhuma espécie de sanção disciplinar.
Onde foram parar os promotores da
paz? Por que, no interior dos templos evangélicos, há pessoas que não se falam?
Por que alguns abandonam suas comunidades de fé por qualquer coisa? Por que,
alguns, se não puderem cantar, tocar, pregar ou dirigir, ameaçam deixar a
igreja? Por que não tentamos resolver os problemas ao invés de criá-los? Por
que não respondemos aos conflitos de uma maneira diferente da que o mundo
responde? A resposta é simples: mudamos nossos referenciais. A Bíblia há muito
tempo deixou de ser regra. O alimento dos crentes vem da TV, com suas novelas e
programas de humor cheios de pornografia. A regra agora é o que os tele pregadores
e os cantores gospel dizem. É... precisamos voltar ao Evangelho; precisamos
resgatar os princípios da reforma: só a Fé, só a Graça, só a Escritura, só
Cristo e só a Deus Glória!
Pr. Cremilson
Meirelles
ONDE ESTÃO OS PROMOTORES DA PAZ?
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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09:34
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É muito mais fácil agir por conta própria do que seguir os ensinamentos bíblicos! Infelizmente é isso...
ResponderExcluirÉ triste, mas a grande maioria age e pensa assim. Quem pensa e age diferente é criticado.
ExcluirGrande, verdade tudo que temos vivido nesses últimos dias.
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