É muito comum, nos últimos dias do
ano, sermos convidados (ou intimados) a participarmos de um momento de troca de
presentes, comumente chamado de “amigo oculto”, “amigo secreto”, “amigo
invisível”. Esse evento, que tem lugar nas festas que caracterizam esse período
(Natal, Ano Novo), se tornou, com o passar do tempo, uma tradição mundialmente
conhecida. Assim, na atualidade, é realizado com frequência entre os colegas de
trabalho, membros de igrejas, vizinhos, familiares, amigos, etc.
A despeito das críticas de extremistas
evangélicos, acredito que os problemas dessa prática nada têm a ver com sua
origem, seja ela pagã ou não. Vejo essa brincadeira como mais um fator
motivador do consumismo e coisificador do ser humano. Isto porque, de amizade
ela não tem nada. O que prevalece, na verdade, é o desejo de receber, não de
dar; só dou porque sei que vou receber. Há uma espécie de relação comercial
nisso: toma lá, dá cá. Muitos, inclusive, dependendo da qualidade do presente
recebido, nem querem participar mais, pois criam uma expectativa que nem sempre
é atendida. Acham que deveriam ganhar algo igual ou melhor do que aquilo que
deram; quando isso não ocorre, ficam frustrados. Participar do evento vale a
pena na medida em que eu sou beneficiado. O outro se torna um mero presenteador,
não um amigo. Aliás, embora, na maioria das vezes, a brincadeira aconteça entre
conhecidos, existe sempre a possibilidade de um desconhecido participar. Isso
aumenta as chances de recebermos presentes que nunca usaremos.
Nessa atividade, o conceito de amigo é
completamente descaracterizado, visto que o “amigo” é alguém que eu não sei quem
é, mas do qual eu anseio receber um presente. Parece que quase dá para ouvir a
mensagem implícita: só é meu amigo quem me presenteia; não importa quem seja,
de onde vem; não quero nem vê-lo no resto do ano, apenas na hora de receber meu
presente. Isso é amizade? É claro que não! Não há qualquer relacionamento entre
os “amigos” a não ser no momento da troca de presentes. É óbvio que, em algumas
situações, pode até acontecer de tirarmos alguém com quem realmente tenhamos afinidade.
Mesmo assim, uma amizade verdadeira não depende de bons presentes, mas de
companheirismo, cumplicidade, amor e perdão. Por isso, creio que “presenteador oculto”
seria um nome mais apropriado para essa brincadeira.
Por outro lado, a expressão “amigo
secreto” é um tanto quanto contraditória. Porquanto, se alguém, de fato, é meu
amigo, como posso não saber quem é? Amizade implica relacionamento, proximidade.
Contudo, entendo que a expressão é somente um título para a brincadeira. Não
sou maluco. Mesmo assim, penso que para promovermos uma atividade que
fortalecesse os vínculos de amizade, ao invés de dar presentes, deveríamos
fazer o mesmo sorteio, mas levar os participantes a passar um tempo com a
pessoa que tiraram. Talvez, fazendo uma visita, almoçando juntos[1].
É possível que tal iniciativa contribuísse para a diminuição das panelinhas,
sobretudo, no contexto das igrejas.
Pr.
Cremilson Meirelles
[1] Tomando, é claro, as devidas
precauções para evitar problemas relativos às relações entre homens e mulheres.
“AMIGO OCULTO” OU “PRESENTEADOR OCULTO”?
Reviewed by Pr. Cremilson Meirelles
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17:33
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Para um homem que se diz pastor, você está desviando o conhecimento das pessoas a respeito dessa festa diabólica
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ExcluirRespeito a opinião de todos. Mas se é amigo porque se ocultar?
ResponderExcluirOs cristãos ultuma mente têm visto satanismo quase tudo.
ResponderExcluirVamos procurar ver Jesus.
Para entender a palavra de Deus,nao precisa ser nem diretor nem bacharel em nada,basta
ResponderExcluirbuscar sabedoria dada por Deus e na comunhão Deus,somente Deus revelara os misterios da sua Santa Palavra.
Pelo amor de Deus, vocês vêem o diabo em tudo,quero ver vocês pregarem na igreja sobre os sacerdotes que roubavam a Deus...
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