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PAULO ERA MESMO UM APÓSTOLO?

Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
 

Infelizmente, embora a Bíblia deixe bem claro o apostolado de Paulo, há teólogos e líderes religiosos que insistem em defender o contrário. Fazem isso com o propósito de justificar doutrinas e comportamentos condenados nos escritos paulinos, tais como o pastorado feminino e a prática do homossexualismo. Isso, entretanto, não é nenhuma novidade. No primeiro século, também havia pessoas que contestavam a autoridade e a apostolicidade daquele a quem o próprio Jesus chamara e comissionara para pregar entre os gentios (Gálatas 1.16).
A defesa de Paulo consistia na apresentação de suas credenciais, a saber: o chamamento divino (Romanos 1.1), o fato de ter visto o Cristo ressurreto (1Co 9.1,2; 15.8), e os frutos do seu apostolado (1Co 9.1,2). Afinal de contas, Jesus, dirigindo-se aos apóstolos, em João 15.16, afirmou que os designara para que dessem frutos permanentes. No entanto, seguindo a linha dos algozes do primeiro século, atualmente, há quem insista que, no episódio que marcou sua conversão (Atos 9), Paulo não teria realmente visto Jesus, mas somente uma forte luz que o cegou. Portanto, segundo essa teoria, seu apostolado seria inválido, uma vez que não cumprira o requisito básico: ser testemunha da ressurreição (At 1.21,22).
Não obstante, é importante salientar que as Escrituras mostram claramente que o apóstolo viu o Senhor Jesus ressurreto. Para confirmar isso, basta ler Atos 18.9, onde o texto deixa bem claro que o Senhor, em quem Crispo, toda sua casa, e muitos dos coríntios haviam crido (Atos 18.8), apareceu a Paulo em uma visão, a fim de confortá-lo. Noutra ocasião, em Atos 22.17-19, Paulo mais uma vez viu o Senhor, o qual reafirmou que o enviaria aos gentios (Atos 22.21). Além disso, Ananias disse a Paulo que ele fora escolhido para “ver” o Justo e ouvir a voz da Sua boca (Atos 22.14). O mesmo Ananias destacou também que Jesus tinha “aparecido” no caminho pelo qual Paulo vinha (Atos 9.17). Mais à frente, o apóstolo confirma isso, dizendo que Jesus lhe declarou: "para isso te apareci" (Atos 26.16). Assim, fica evidente que Jesus apareceu a Paulo no caminho de Damasco, e que ele O viu.
Outra credencial que identifica Paulo com os demais apóstolos é a realização de milagres. Porquanto, tal como Pedro, ele curou um paralítico de nascença (Atos 14.8-10), ressuscitou um morto (Atos 20.7-12), expulsou espíritos malignos (Atos 16.18), impôs as mãos sobre aqueles que receberam o Espírito Santo (Atos 19.6), e curou muitos outros enfermos (Atos 28.8,9). Por essa razão, o apóstolo declarou: “porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios” (Gálatas 2.8).
Deve-se levar em conta também o testemunho do apóstolo Pedro, o qual ressaltou a relevância das cartas redigidas por Paulo, colocando-as, inclusive, em pé de igualdade com “as outras Escrituras”, afirmando que quem torcesse seu significado estaria destinado à perdição (2Pedro 3.15,16). Ora, algo semelhante está previsto no apocalipse: “se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro” (Apocalipse 22.19). Isto é, assim como o apocalipse, as cartas de Paulo foram inspiradas por Deus, expressando, portanto, a vontade do Todo-poderoso. Afinal, o “mandamento do Senhor e Salvador” foi ensinado pelos apóstolos (2Pedro 3.2). Logo, deturpar os ensinos paulinos é o mesmo que “torcer as Escrituras”.
Ademais, a autoridade apostólica de Paulo pode ser verificada na prática, nas páginas do Novo Testamento; haja vista que, por meio de suas cartas, ele emite mandamentos do Senhor (1Coríntios 14.37) acerca dos mais variados temas: casamento (1Co 7.10), perseverança (1Tm 6.11-14), disciplina (1Co 5), trabalho braçal (2Ts 3.10), associações com incrédulos (2Co 6.14), etc. Até mesmo o pastor da igreja de Éfeso (Timóteo) reconhece sua apostolicidade, submetendo-se às orientações dadas em duas epístolas. Se realmente ele não fosse um apóstolo, sem dúvida, os demais apóstolos não permitiriam que fizesse tal coisa. Portanto, dizer que Paulo não foi chamado para o apostolado, é negar o testemunho das Escrituras.
Pr. Cremilson Meirelles
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