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DÍZIMO? O QUE É ISSO? PARTE I

Pastoral redigida para o boletim dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
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Decerto, uma das práticas evangélicas mais questionadas é o dízimo. Porquanto, embora muitos o reconheçam como bíblico, há quem o repute como desnecessário ou como um meio para explorar os fiéis. Infelizmente, pensamentos como esse são continuamente incentivados pela mídia. Contudo, não é necessário assistir televisão ou acessar a internet para ouvir críticas ao dízimo. Sempre há alguém próximo a nós fazendo comentários mordazes em relação às contribuições dos crentes. Uns argumentam que o dízimo é uma prática restrita ao Antigo Testamento; outros, no entanto, sem apelar para as Escrituras, acusam as igrejas e seus líderes de usar a fé dos frequentadores para manipulá-los e extorqui-los. 
A fim de derrubar esses preconceitos, pretendo, ao longo de algumas pastorais, esclarecer detalhes a respeito da contribuição conhecida como dízimo. O primeiro deles é o significado da palavra, o qual nos remete ao idioma hebraico, haja vista que o termo é uma tradução da palavra hebraica ma‘aser, que pode significar “dez”, “dezena”, “décimo”, “décima parte”. Isto é, “dar o dízimo” seria, na verdade, doar a décima parte daquilo que se recebe.
Ao contrário do que se pensa, o dízimo nunca foi restrito ao Antigo Testamento, nem mesmo à Israel. Os egípcios e os mesopotâmios já observavam essa prática antes do surgimento do povo hebreu. Na literatura secular, há inúmeros exemplos do emprego do dízimo no contexto religioso. Na Grécia e na Roma antiga, por exemplo, conquanto o dízimo fosse um imposto, era dedicado às divindades. De igual modo, Ciro, o grande conquistador persa, obrigava seus soldados a darem os dízimos dos despojos a Zeus.
O próprio Abraão, que só passou a servir ao Senhor com 75 anos (Gênesis 12.4), entregou o dízimo de seus despojos de guerra a Melquisedeque (Gênesis 14.20), sacerdote do Deus altíssimo. Ora, ele não havia recebido nenhuma determinação a esse respeito. É óbvio que sua atitude é resultado de sua cultura. Afinal, o patriarca dos israelitas era natural da cidade de Ur, localizada na Caldéia, antiga Babilônia, onde era comum levar dízimos ao templo.
Tudo isso mostra que o dízimo é um princípio espiritual reconhecido por muitos povos, e que ultrapassa os limites culturais. Esse princípio, ainda que fosse praticado pelos pagãos, foi ratificado pelo Deus de Israel quando concedeu Sua Lei ao povo que escolhera (Levítico 27.30-34). De igual modo, no Novo Testamento, Jesus não criminaliza a prática, como fazem alguns. Na verdade, em Mateus 23.23, Ele a ratifica, dizendo aos fariseus que não deveriam omiti-la.
Todavia, costumo afirmar que, mesmo que a Bíblia não dissesse nada, a própria lógica justificaria o dízimo, uma vez que nenhuma entidade filantrópica sobrevive sem doações. Até os partidos políticos são mantidos por contribuições. Não dá para arcar com as despesas necessárias para a manutenção de um templo sem uma contribuição mensal. Como seria possível ajudar os enfermos se não tivéssemos recursos? Como poderíamos realizar programações com crianças, por exemplo, nas quais damos doces, lanche e alugamos brinquedos (pula-pula, escorrego, etc)? Como custearíamos a formação de novos obreiros? É... o dízimo é necessário.

Pr. Cremilson Meirelles






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