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POR QUE NÃO FALAMOS LÍNGUAS ESTRANHAS? PARTE VII

Pastoral redigida para o Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em Manoel Corrêa
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Como vimos anteriormente, a igreja de Corinto era extremamente problemática. O que lhe sobrava nos dons (1Co 1.7) faltava em maturidade, sabedoria e espiritualidade. Um dos maiores problemas dos cristãos coríntios era o entendimento equivocado dos dons espirituais e da concessão do Espírito Santo. Sem dúvida, isso era resultado da origem religiosa de grande parte da membresia da igreja. Pois, como Paulo destaca nos primeiros versículos do capítulo 12, a maioria era oriunda do paganismo (1Coríntios 12.1,2). Isto é, diferente dos judeus, os coríntios não conheciam o Antigo Testamento, o que dificultava sua compreensão. Além disso, ao longo de toda sua vida eles vivenciaram a espiritualidade a partir do ensino das religiões pagãs. Por isso, o apóstolo diz que eles precisavam de leite e não de alimento sólido (1Coríntios 3.1-3).
Nos diversos tipos de paganismo, as línguas desconhecidas, proferidas por ocasião do êxtase emocional, eram vistas como consequência da ação de uma divindade. Por conta disso, os coríntios pensavam que só tinha o Espírito Santo quem falava línguas que ninguém entendia. A fim de combater essa ideia Paulo sublinha “que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1Coríntios 12.3); ou seja, todos os salvos são habitação do Espírito Santo (1Coríntios 3.16), não só quem fala alguma espécie de língua pagã desconhecida. Afinal, é pela atuação do Espírito que o homem é convencido do pecado, da justiça e do juízo (João 16.8).
Seguindo essa linha, Paulo ressalta que “há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” (1Coríntios 12.4). Isto para enfraquecer os argumentos dos faladores de línguas desconhecidas, porque, ao contrário do que pensavam os coríntios, o Espírito Santo distribui vários dons, e não apenas um. Além do mais, o apóstolo destaca que “a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1Coríntios 12.7). O foco da distribuição é a utilidade. Qual seria, então, a utilidade dos dons senão a edificação da igreja? É isso que Paulo declara em 1Coríntios 14.12,26 e Efésios 4.12. Logo, um dom que edifica apenas o indivíduo (1Coríntios 14.4), na verdade não é dom, visto que não cumpre o propósito dos dons, a saber, a edificação do Corpo de Cristo.
Assim, fica claro que o fenômeno manifestado na igreja de Corinto tratava-se de uma deturpação do dom de línguas original relatado em Atos 2. Até porque, não há nenhuma indicação na Bíblia de que o dom teria mudado. Em momento algum do livro de Atos é dito que houve uma alteração nas línguas, de modo que passaram a ser incompreensíveis. O texto não fala nada sobre isso. Em vista disso, a conclusão inevitável é que, embora o dom de línguas dissesse respeito a idiomas conhecidos pelos homens, os coríntios, por causa de sua origem religiosa, começaram a falar línguas incompreensíveis, à semelhança do que acontecia nos cultos pagãos. 
Pr. Cremilson Meirelles



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Um comentário:

  1. Muito bom seu comentário, muito bem explicado. Agora sem querer ofender, o guardar o domingo (dia do sol), primeira-feira ou primeiro dia da semana, que também é proveniente do paganismo, instituído no Cristianismo no século 3 D.C. pelo pagão Constantino. Porque não guardam o dia que Deus criou como o memorial da criação e o separou e santificou, o Sétimo dia (Sábado)?

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